segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Sente a letra

 Eu vou te dar uma letrada!

É preciso ler para sentir

Pois so escrevo sentimentos

Disfarçados, penteados, empacotados

Camadas de barramento da verdade

Mas estão aqui, em essência e presença

Tão fortes que machucam

Intensos como a chama

Cortantes como o frio

Despudorados como a Dercy

Sabios insensatos como Leminsky

Doces de leite suaves como a Cecilia

Arretados e encaixados Cora a Coralina

Mas é seu, está tudo sendo sentido aí dentro

Eu me regozijo de habitar o seu sentimento

O sentir o momento la bem de dentro

Essas palavras na verdade nao existem sem vc

Vcs são a simbiose perfeita, uma construção

A leitura, a semeadura, a sentição, a comunhão

Nunca haverá combinação tão forte qto a palavra, o leitor e a explosão do sentimento

E o mais legal, o texto se transforma em mim

E sempre extrapola e transborda o intento


sábado, 17 de dezembro de 2022

Personal true self

qual é a natureza verdadeira?
de fato, depende, deparo, de frente
a magia que não faço é a de verdade
pois é meu poder desacreditar 
é preciso crer para não ver
conjurar a verdade da realidade
apenas a minha verdade
esse poema, estará buscando de verdade?
estará mostrando apenas uma realidade?
discutindo questões ou trazendo reflexões
sois vós o oceano do meu mar
um improviso de ver o contrário
buscar uma ausência de saudade
nada se compara a doces doídos arrependimentos
um cartão cartesiano de pensar sentimentos
um papel cinza áspero de espirros
a pequena gaiola da noite expandida
a frase fulminante como espinhos na ferida
o medo da vida bandida
quantas verdades cabem em mim?
algumas verdades mentem sobre outras verdades
somos o paradoxo da mentira verdadeira
a cara safada da meia verdade inteira
eu quero perguntar pq só consigo duvidar
a verdade é uma grande loucura verdadeira




domingo, 11 de dezembro de 2022

Poesia no escuro

 pssssssiiiiiuuuuuuu

vem aqui, vem

sente aqui comigo

olha bem, presta atenção, sente aí

de ombro a ombro, pequenas batidinhas

bate bate bate bate

não sei não sei 

vem o giro, sobe o suspiro, me viro, 

biro liro biro liro

sei q vc quer chegar aqui pertinho

dançando mole e levinho, vem mansinho

tocar de narizinho suave e translúcido

a melodia das curvas se alongando 

vibro a vertigem amassada e emborrachada

trepido uma ação desavergonhada

escorrego na ponte que conecta o caminho dos olhos

esbarro num castanho meio mel amelolado

tipo vidro marrom por traz da luz do sol, em dia de brilho

escuto uns estampidos, como se tanta brilheza estalasse

até um perfume doce, um ar suave, surge uma chave

não perco tempo, sem hesitar abro a porta e liberto o grito de liberdade

siiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm

Explodo em mil percepções e fragmentos de sensações

consigo enxergar toda a imensidão universal, mesmo no escuro

ultrapasso todas as barreiras e fronteiras, sou o universo inteiro

me faço evaporar e me torno o oceano

apenas uma alternativa

me abraçar e me fundir à realidade, 

dançar e curtir uma barbaridade

Rir  e curtir toda temeridade salpicada de insanidade

vamos nos enrolar na manta da noite e celebrar toda vontade

todo desejo, realizado e só sonhado também.

Agradecer o feito e defeito

amar o doce e o salgado

deixar esvair o sangue e verter em paixão a lágrima

não ser nada, sentir o nada, viver o completo vazio

ser à toa, completamente completo de inutilidades

de pouco em nada e nada, até a transcendência

Transcen dencia

trans dence

tran den

den... den...

dance

ce.




Bona fide

 Bona fide

A boa fé

A fé nossa de cada dia

Afeta nossos afetos

Afetos nossos tão amados e queridos

Afrente com fé

Enfrentando desafios diários à nossa fé

Afeitos a agradecer sempre pela força, fé e esperança

seguimos

agradecendo, perdoando, amando, acreditando